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Escotismo Espa�o destinado a Associa��es e Grupos de Escotismo, etc.

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Opera��o Abacaxi

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Antigo 04/06/08, 12:40   #1 (permalink)
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Indicando Opera��o Abacaxi

Estava pensando em como inaugurar a �rea de Escotismo em grande estilo, a� lembrei dessa hist�ria que ouvi do pr�prio Sr. Hugo Vidal e encontrei na net e posto aqui.

O Sr. Hugo Vidal � o fundador da AVM, sim a empresa que fabrica a famosa roda livre t�o usada no 4x4, ali�s, a roda livre de mudan�a manual que conhecemos foi concebida a partir de id�ias que este Sr. teve durante a viagem.

Os relatos e fotos s�o de cr�dito do site S� membros tem acesso aos links: que ali�s tem coisas muito legais.

O texto � longo, mas vale a leitura de cada linha.

Opera��o Abacaxi


A hist�ria de como 3 Pioneiros do Grupo Caraj�s viajaram at� o Alaska e em seguida para o Jamboree Mundial do Canad� de 1955. Charlie, Hugo e Jan percorreram 17 pa�ses atrav�s de 72 mil km. 50 anos se passaram e essa viagem ainda � considerado um grande desafio.
Em Niagara-on-the-Lake, no Canad�, realizou-se, em agosto de 1955, o VIII Jamboree Mundial. Tr�s subchefes do Grupo Escoteiro Caraj�s, de S�o Paulo, - de um total de 18 participantes brasileiros - planejaram sua ida de um modo sensacional: iriam de jipe!
Marco Polo n�o teria tido melhores e mais afoitos companheiros em suas viagens do Oriente para o Mediterr�neo, do que esses tr�s audazes escoteiros... Assim, ora no jipe, ora empurrando o jipe, ora puxando o jipe, em canoa, em trem, em navio, Charlie, Hugo e Jan percorreram 17 pa�ses atrav�s de 72 mil km, dentro das quatro esta��es do ano, enfrentando chuva, sol, neve, frio, calor, ora dormindo � luz das estrelas e ora em colch�es de mola...

Planejamento

S� membros tem acesso aos links:, diretor superintendente da Agromotor S/A, foi escoteiro. Pertence � velha guarda e conheceu Baden-Powell no Jamboree Mundial de 1929, na Inglaterra. Era o diretor de Hugo Vidal, subgerente de vendas da organiza��o. Cedeu o jipe. E a Agromotor o preparou: colocou-lhe um tanque de 60 litros para �gua, dois dep�sitos sobressalentes de 30 litros para gasolina, refor�ou a suspens�o para ag�entar 2000 kg (original � 750 kg), adaptou um dep�sito para mantimentos, cobriu-o com um teto de a�o, proveu-o de estofamento especial, meteu-lhe 4 pneus lameiros e 2 sobressalentes e um porta-bagagem. E pintou-o de "verde-e-amarelo", nome com que foi batizado. E o "Verde-e-Amarelo", como um c�o fiel, rodou por a� afora com a sua sobrecarga, comendo as estradas com sua tra��o nas quatro rodas, com sua m�dica ra��o de �leo e gasolina, sempre dentro do lema de seus tripulantes: Sempre Alerta!

N�o tinha muita popula��o, mas era grega de antes de Arist�teles. Era at� est�ica, pela natureza de seus des�gnios, a rep�blica que foi instaurada imediatamente entre os seus tr�s habitantes, limitados nos quatro pontos cardeais pelas quatro rodas do "Verde-e-Amarelo". Sua constitui��o se compunha de um s� t�tulo, cap�tulo, par�grafo e al�nea: - todos t�m que fazer tudo quanto seja preciso. E sob t�o simples legisla��o ficou assegurado, de direito, como de fato, o sucesso do empreendimento. A Secretaria (correspond�ncia e rela��es p�blicas) competia a todos, assim como a aquisi��o de mantimentos. A cozinha, a cada um em rod�zio. Condu��o do ve�culo: duas horas para cada um, sem prorroga��o. Tesouraria: por especial necessidade de controle das disponibilidades financeiras, Charlie foi designado como "ministro das finan�as". Acampamento, lavagem do jipe, limpeza, eram de compet�ncia coletiva. Motor e funcionamento do "Verde-e-Amarelo" eram incumb�ncia de Hugo, realmente mec�nico e conhecedor profissional do assunto.
E assim, a pequena rep�blica itinerante se p�s em marcha, partindo de S�o Paulo em 2 de abril de 1955, destinada a alcan�ar Niagara-on-the-Lake em agosto do mesmo ano.

P� na Estrada

Com o p� na estrada rumo ao sul
No primeiro estir�o, a pequena caravana atravessou pelas cidades brasileiras, no rumo sul, at� alcan�ar Uruguaiana e entrar no Uruguai, passando por Montevid�o e atingindo, a seguir, Buenos Aires, na Argentina. Ao entrar na capital portenha, levaram a satisfa��o de haverem coberto um percurso debaixo de grandes chuvas, com estradas alagadas, passando com o jipe a v�u com 70 cm de �gua, em certos trechos, e que, em v�rias ocasi�es atingia o piso de pontes. Retirada a sobrecarga de barro que cobria literalmente o jipe, o destino era a Cordilheira dos Andes, na pitoresca regi�o dos lagos, j� a uma altitude de de 1500 metros, em regi�es de beleza emocionante, no ma�ico andino, entre picos cobertos de neve e precip�cios a pique, � beira de estradas, muitas vezes, pouco mais largas do que a bitola do ve�culo. Ainda a�, perseguia-os a esta��o de pesadas chuvas, de modo que s� mesmo grande habilidade em manter um regime constante de baixa velocidade e a inigual�vel ajuda da tra��o reduzida nas 4 rodas do jipe foram os elementos de sucesso para superarem a passagem. E, naturalmente, o fato de serem escoteiros... Cerca de 500 km foram percorridos em 3 dias, por estradas ainda em constru��o e sem pontes... Dist�ncia que, a velocidade m�dia de cruzeiro, daria pouco mais de 8 horas... Chegaram, por fim, a Talca e a Santiago do Chile, onde os escoteiros chilenos lhes proporcionaram entusi�stica recep��o.

Bol�via, Peru, Equador e Col�mbia


Chegando a Valparaiso, ainda no Chile, avistaram, pela primeira vez, o Oceano Pac�fico, gozando de panoramas de beleza singular, at� que saindo de Vi�a del Mar ingressaram na regi�o deserta de Atacama, viajando a temperaturas de calor extremo, durante o dia, e praticamente a zero, durante a noite. Descendo at� Antofogasta, os tr�s passageiros tiveram uma dura prova de resist�ncia, pois as estradas eram arenosas e de terra batida, do tipo "costela de vaca", que se estenderam por dezenas e dezenas de quil�metros. Quase sem �gua, sem provis�es e sem gasolina, reaprovisionaram a caravana nessa cidade famosa por seu vulc�o.
Ainda no Chile, atingiram a altitude de 4000 metros, seu ponto mais elevado, atrav�s de estradas de areia grossa e novamente "costela de vaca", passando pela cidade de Chuquimacamata, local onde se situa uma das maiores minas de cobre do mundo, que visitaram. A fim de evitar rachamento no bloco e radiador devido ao congelamento da �gua, tiveram que providenciar um recurso pouco conhecido de nosso clima - a total drenagem, � noite, com o motor em descanso.
A entrada na Bol�via se fez por escolha de trilhas, de arei�o, que se espalham nas mais variadas dire��es, pois n�o h�, praticamente, estrada. Assim, tornou-se necess�rio "rastrear" aquela que fosse a certa... No povoado de Colcha-Ca foi-lhes dada a oportunidade de assistir a uma festa de car�ter inca, com cantos e dan�as religiosas de mais remota origem. Da�, por indica��o de um �ndio, seguiram na dire��o de um pico nevado avistado a uns 90 km de dist�ncia. Como essa � uma regi�o de salinas (o pr�prio nome da cidade � Salinas), sucedeu que a �gua que respingou a fia��o do jipe, ao secar, produziu a sulfata��o prop�cia a curto-circuitos, que lhes deram alguma dor de cabe�a...
De Salinas a Oruro e La Paz, em p�ssimas estradas, ainda a "reduzida" do jipe foi-lhes de inestim�vel valia, pois n�o passavam de 30 km/h. O Altiplano Boliviano oferece altitudes que variam de 3700 a 4300 metros, compensadas as dificuldades do cal�amento das estradas pela magnific�ncia do panorama descortinado. Devido � rarefa��o do ar �quela altitude, foi necess�rio ajustar a entrada de gasolina no carburador. E, passando pelas margens do lago Titicaca, nascente do nosso rio Amazonas, a 4000 metros do n�vel do mar, visitaram a Igreja de Nossa Senhora de Copacabana, que tamb�m � venerada pelos peruanos da fronteira com a Bol�via.
Novamente o jipe foi submetido a nova prova, ou antes, prova��o. A pequena "rep�blica" escoteira deliberou fazer um estir�o de 1350 km sem paradas. Refeita a matalotagem aos pre�os de Copacabana (a da Bol�via...), bastante conveniente para o bolso de um escoteiro, obtidos os "vistos" na pol�cia da fronteira, que � trancada com correntes que v�o de um lado a outro da estrada, a caravana saiu de Puno em "v�o direto" para Lima, subindo e descendo, descendo e subindo de 2000 a 4500 metros, at� que pegaram piso de asfalto a 10 km de Arequipa e da� por mais 100 km igualmente asfaltados, at� o final da etapa demarcada, a capital do Peru, cujos aspectos lembram intensamente a nossa Paulic�ia.
Era 22 de junho quando disseram adeus a Lima para gozarem das estradas asfaltadas at� a ponte internacional que demarca a fronteira, metade pintada de cores peruanas, a outra metade nas do Equador, dando-lhe um colorido um pouco grotesco. Depois da ponte, terra batida por 50 km, de p�ssima estrada, at� Quito.
O jipe, o "Verde-e-Amarelo", 100%. Charlie, Hugo e Jan, 200%! Novamente haviam sa�do do n�vel do mar, e a 2000 metros de altitude trocaram a agulha do carburador, � vista soberba de picos nevados de 5000 a 6000 metros, para descerem outra vez at� a regi�o puramente equatoriana, onde o calor e a umidade derrotam as mais en�rgicas disposi��es, tal a depress�o f�sica que provocam.
Quito, cidade pequena e pitoresca, cercada de montanhas, recorda La Paz. Depois de acamparem uma noite a 3050 metros de altitude, ainda em territ�rio equatoriano, deliberaram fazer outra "arrancada", sem etapas, at� Bogot�, a capital da Col�mbia. A� planejaram a seq��ncia. Dada a not�cia de que, dentro de 60 horas, partia um navio de Cartagena para o Panam�, um novo "rush" foi iniciado e, em 51 horas, atrav�s de 1280 quil�metros, dos quais 700 nas serras. Alcan�aram aquele porto, para saber que o navio se atrasara dia e meio.
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Am�rica Central

Ao norte da Col�mbia e sul do Panam� ficam os milenares p�ntanos de Darien, zona de tr�nsito imposs�vel. E, pela primeira vez, sem estarem viajando sobre rodas, os nossos tr�s escoteiros chegaram ao Panam�, de onde, novamente, tiveram que se transportar, e ao "Verde-e-Amarelo", pois a regi�o rochosa e montanhosa do norte desse pa�s n�o permite tr�nsito.
Atracando em Cristobal, terminal Atl�ntico do canal, ali foram informados da impossibilidade de vencer a regi�o entre as cidades de Pozo Sur e Dominical, onde, ainda que pela praia, as interrup��es s�o constantes. Por cortesia e coopera��o da Pan American Airways foram acomodados, a pre�os especiais, em um DC-4 adaptado para carga. Retiradas as rodas traseiras e o porta-bagagem do teto, o jipe foi encaixado no bojo da aeronave, com apenas 2 cent�metros de folga. E, assim, desceram em S�o Jos� da Costa Rica, onde tiveram a companhia dos "ticos", originais escoteiros costarriquenhos, com quem passaram simp�tica intimidade durante alguns dias. Prosseguindo viagem, mal sabiam que iriam enfrentar o maior susto da aventura. Em uma ponte de madeira, de t�buas, o jipe deslizou na lama fina e percorreu toda a extens�o da ponte, at� que, j� do outro lado, desceu por um barranco e deu uma volta completa, com toda a equipagem dentro! Depois da constata��o de alguns "galos", distribu�dos entre si, verificou-se que a capota r�gida, colocada em S�o Paulo, possivelmente lhes havia salvado a vida... e que o jipe apenas sofrera algumas amassadelas.
Com algumas horas de viagem estavam em Man�gua, na Nicar�gua, onde o jipe foi retocado e desamassado. Prosseguiram, ent�o, para Tegucigalpa (Honduras), San Salvador (El Salvador) e Guatemala, onde, novamente, n�o h� passagem para o norte, pois a estrada pan-americana � desencontrada na regi�o. Assim, foi necess�rio colocar o jipe em prancha de via f�rrea, em Tapachula, na fronteira da Guatemala com o M�xico, e lev�-lo em 8 horas de percurso at� a retomada da rodovia, deixada ao sul, pegando, ent�o, o in�cio da estrada asfaltada para da�, at� o extremo norte da viagem, n�o mais larg�-la.

M�xico e Estados Unidos

Pelas estradas do M�xico viram os pitorescos e multicoloridos �ndios Maias, transportando seus objetos de ind�stria dom�stica para as feiras. Sua moeda, o peso mexicano, vale o mesmo que o d�lar... Passando por Oaxaca e Puebla, freq�entemente sob grossas chuvaradas, chegam � capital, M�xico, cidade vibrante, com 3 milh�es de habitantes, com bonitas e espa�osas avenidas no centro. E por �timas estradas, a 1500 km da capital mexicana, chegaram a Laredo, na fronteira com os Estados Unidos, em 11 de agosto de 1955. Do Texas, partiram para o Norte, atravessando os Estados de Louisiana, Arkansas, Tennessee, Kentucky, Ohio, Pensilvania e Nova York, para alcan�arem Ontario, 5 dias depois de haverem deixado a fronteira mexicana.
Desde S�o Paulo, estavam viajando, ininterruptamente, por 4 meses e meio. Passando pela Ponte de Lewinston, uns 20 km abaixo das famosas quedas do rio Niagara, entraram no local demarcado para a realiza��o do VIII Jamboree Mundial, escopo final da aventura automobil�stica. Ali, em Niagara-on-the-Lake, o jeep "Verde-e-Amarelo" foi motivo de permanente curiosidade, motivando o interesse de milhares de escoteiros pelas coisas da nossa terra, pois achavam-se presentes no Jamboree nada menos de 11000 participantes, representando 68 pa�ses. Charlie, Hugo e Jan iriam, ainda, ao completar-se a "Opera��o Abacaxi", bater o recorde de perman�ncia em autom�vel, bem como a dist�ncia percorrida.

Mais para o norte

Terminado o Jamboree, os nossos amigos cruzaram a fronteira em dire��o a Toledo, Ohio, onde foram recebidos na f�brica Willys, de onde se originaram os famosos jipes. Haviam, ent�o, planejado visitar o territ�rio do Alasca e, no teste a que o "Verde-e-Amarelo" foi submetido pelos engenheiros da Willys, ficou patenteado que o carrinho se achava nas mais perfeitas condi��es mec�nicas. Por isso, foi somente acondicionado para proteger seus tripulantes, bem como o funcionamento, contra as temperaturas excessivamente baixas que prevalecem naquela regi�o vizinha do P�lo Norte. Depois de adequadamente provido de p�ra-brisas duplo, aquecimento para o bloco, anticongelante e protetor para o radiador, tudo feito pela Willys Overland, rumaram, primeiro a Oeste, at� Chicago, atravessando a "fronteira mais amiga do mundo", que � a do Canad� com os Estados Unidos, e na qual n�o h� formalidade alguma a n�o ser a prova de motorista habilitado! Chegaram, ent�o, a Winnipeg e Edmonton, em Alberta, e da� a Dawson Creek, quil�metro zero da famosa estrada de Alasca, que foi constru�da em 1941, em seis meses, quando os japoneses chegaram a ocupar duas das ilhas Aleutas, no Mar de Behring, logo no in�cio da �ltima guerra mundial.

Alasca

As desencontradas lendas foram, ent�o, lembradas, desde a temperatura de -70�C, at� a quebra de metais, e as nevadas intranspon�veis. Embora sem acabamento de cidade, a estrada � perfeitamente pass�vel o ano todo. Constru�da sobre pedra britada e sob tr�fego constante, a rota para o Alasca possui, ainda, uma esta��o de "patrol" a cada 50 milhas, as quais disp�em de equipamento apropriado para todos os reparos de manuten��o. Em 11 de novembro, com o inverno a entrar, transpuseram a fronteira do Alasca, e rumaram para uma base a�rea, onde permaneceram at� o dia 29, quando procuraram atingir, ent�o, a pequena cidade de Circle City, cujo nome partiu da presun��o de que estivesse localizada sobre o C�rculo Polar (fica, no entanto, 40 km ao Sul), o que realmente n�o foi poss�vel dado que nessa �poca do ano a liga��o � feita, exclusivamente, por via a�rea. N�o obstante, tiveram oportunidade de visitar a aldeia esquim� de Bethel, na costa do Mar de Behring, tendo tamb�m ido at� Kwethluk, onde existe uma tropa de escoteiros e uma miss�o Moraviana; a �nica liga��o para esse extremo de terra � feita por meio de avi�o, quando poss�vel, e mais normalmente por tren�s puxados por c�es. No entanto, por cortesia da For�a A�rea Norte-Americana, visitaram Fort Yukon, 12 km para dentro do C�rculo Polar �rtico. Em Anchorage, cidade de 60 mil habitantes, tamb�m lhes foi dada a oportunidade de mais um teste escoteiro - acamparam, com mais de 253 companheiros, em um campo simulando condi��es de emerg�ncia. A�, apesar de haver sido registrada a temperatura de -27�C, tudo se passou normalmente, at� mesmo para os pequenos escoteiros de 10 anos.
E, de novo, embarcaram no "Verde-e-Amarelo", agora com o radiador virado para o Sul. Chegaram em S�o Paulo no dia 14 de abril de 1956. O veloc�metro marcava 71985 km. Ficaram ausentes por 1 ano e 12 dias, quando o governador de S�o Paulo lhes deu as boas-vindas!

Pontos extremos alcan�ados
  • Latitude m�xima sul: 33� (Bariloche);
  • Latitude m�xima norte: 65� (pr�xima ao C�rculo Polar);
  • Longitude m�xima leste: 36� W (Recife);
  • Longitude m�xima oeste: 162� (Bethel - Alasca);
  • Altitude m�xima: 4693 m (Peru);
  • Altitude negativa: 84,7 m abaixo do n�vel do mar (Death Valley);
  • Temperatura m�xima: 42�C (Peru);
  • Temperatura m�nima: -40�C (Alasca).
  • A palavra "abacaxi", como adjetivo qualificativo, � sin�nimo de dificultoso, err�tico, inevitavelmente encrencado, tal como a apar�ncia da fruta tropical, de folhas lanceoladas, duras e serrilhadas, e de casca grossa e rude, a que os bot�nicos abrandam com a classifica��o "ananas ananas", em latim.
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Putz L�o, muito bem lembrado! Quando l� essa reportagem achei super 10.

Eu andei procurando um manual do escoteiro que tinha por aqui mas n�o consigo encontrar... Minha sobrinha � escoteira; vou solicitar "uma consultoria"...
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Manda um convite do A&O pra ela Sidnei, e pe�a pra ela agitar essa sess�o aqui, a� depois pe�a pra ela convidar as Bandeirates....hehehe

Abs.
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Leo Santis
Antigo 05/06/08, 18:49   #5 (permalink)
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L�o,

�timo t�pico, parab�ns.


Abs.
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Muito show a aventura, sem palavras.....
Mais duas imagens:






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Uma viagem desta � uma aventura hoje, imaginem o que era em 1.955...
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Antigo 07/06/08, 00:29   #8 (permalink)
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O F�bio disse algo que faz dessa odiss�ia (nem sei como chamar de outra forma) realmente incr�vel. Se fazer uma viagem dessas hoje j� � dif�cil por uma s�rie de fatores, imaginem faz�-la em 1955 e com um CJ-3B praticamente original.

Abs.
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