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Alya Eco

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Antigo 07/08/2008, 10:16   #1 (permalink)
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Camisetas ecol�gicamente correta

Um tecido macio e agrad�vel ao toque est� sendo largamente usado para fazer camisetas, camisas p�lo, bon�s e roupas em geral. Quem os compra, al�m de adquirir um produto de alta qualidade, est� contribuindo para diminuir a polui��o do meio ambiente. Isto porque o tecido � um poli�ster feito de garrafas PET recicladas.

A primeira utiliza��o do PET (Polietileno Tereftalate) � destinada principalmente para a fabrica��o de embalagens para refrigerantes, sucos de fruta, �gua mineral, �leo de cozinha e produtos de limpeza. Mas depois que utilizamos seu conte�do e jogamos estas embalagens no lixo, muitas coisas ainda podem ser feitas com elas. Cordas, cerdas de vassouras e escovas, carpetes, enchimento de travesseiros, pel�cia, cortinas, lonas, rolos de pintura e adesivos s�o apenas alguns dos exemplos.

�De 35 a 40% da resina reciclada s�o utilizados na fabrica��o de tecido�, calcula Andr� Vilhena, diretor-executivo do Cempre � Compromisso Empresarial para Reciclagem, uma associa��o que promove a reciclagem no Brasil e busca promover a conscientiza��o sobre a import�ncia deste ato.

O resultado desta fabrica��o � o mesmo dos produtos convencionais. �O tecido feito a partir de PET reciclado tem qualidade equivalente a do tecido comum. A respira��o, por exemplo, � normal�, destaca o gerente industrial Edvaldo Peres, da Krimpp, empresa que produz o tecido e camisetas a partir de fibra de PET reciclado.

A Krimpp produz atualmente 20 mil pe�as, al�m de tecido, que � vendido para outras confec��es. Com a sua produ��o, a Krimpp tira do meio-ambiente cerca de 80 mil garrafas por m�s. �A preocupa��o da empresa � justamente ter uma alternativa de produto de boa qualidade, ao mesmo tempo em que diminu�mos a polui��o do meio ambiente�, afirma Peres.

�O p�blico tem mesmo tend�ncia a achar que os produtos feitos a partir de material reciclado s�o de baixa qualidade. Ao contr�rio, o tecido de PET reciclada, por exemplo, � de alta qualidade�, complementa Andr� Vilhena, lembrando que, proporcionalmente ao maior espa�o que estes produtos v�em encontrando no mercado, h� tamb�m um avan�o tecnol�gico.

Reciclar e fazer moda
O estilista Mario Queiroz, um dos mais cultuados em S�o Paulo, j� trabalhou com este tipo de tecido e lembra que �quando se busca um novo desenvolvimento t�xtil, seja ele qual for, a quest�o do conforto e de um bom toque � uma das exig�ncias�. Queiroz ressalta, no entanto, que mesmo se o produto apresentasse qualquer desvantagem, isso seria menor diante da possibilidade de reciclar e fazer Moda ao mesmo tempo.

O Social Web � site de comercializa��o de produtos de organiza��es n�o governamentais � � um dos espa�os em que podem ser encontradas � venda camisetas produzidas com tecido feito a partir de PET. �Para fazer cada camiseta s�o utilizadas duas garrafas PET recicladas�, revela Alexandre Moraes, administrador do site.

A fabrica��o destes artigos, al�m de empregos diretos, gera renda para os catadores, sucateiros e outros trabalhadores que atuam na reciclagem. Com o desenvolvimento deste mercado, em todo o Brasil t�m sido criadas muitas cooperativas e associa��es de catadores de embalagens descartadas. O material recolhido � selecionado e vendido para as ind�strias de reciclagem.

�As cooperativas de catadores vivem basicamente de papel�o, alum�nio e PET. Falta a sociedade se sensibilizar e encaminhar este material para as cooperativas. E o poder p�blico deve contribuir tamb�m, porque em todos os lugares h� esfor�os por parte dos catadores�, defende Vilhena.

Al�m da gera��o de emprego e renda, a reciclagem do PET tem diversos outros benef�cios � entre eles, a redu��o do volume de lixo nos aterros sanit�rios e uma melhora no processo de decomposi��o da mat�ria org�nica: o pl�stico � impermeabilizante e sua presen�a nos aterros prejudica a circula��o de gases e l�quidos. E ainda tem a vantagem de requerer, em m�dia, apenas 30% da energia necess�ria para a transforma��o da mat�ria-prima. Por este e outros fatores, o produto feito a partir do PET reciclado � cerca de um ter�o mais barato que o fabricado com mat�ria-prima virgem.

Mario Queiroz gosta de lembrar o que tem por tr�s de uma pe�a feita com material reciclado. �Participei do projeto Car�ncia Zero, onde as camisetas eram feitas com o tecido de PET. O resultado � muito bom e fica ainda melhor quando chegam as informa��es de como � o processo de produ��o deste tecido�, observa.

O Car�ncia Zero � promovido pela Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (ABIT) e visa incentivar a inclus�o social por meio do Primeiro Emprego na Cadeia T�xtil e de Confec��o e pela organiza��o de cooperativas de coleta e reciclagem. Para arrecadar fundos s�o vendidas camisetas feitas com fibras de garrafas PET reciclada.

Confec��o do fio em tr�s tempos
A reciclagem de garrafas PET e a sua transforma��o em tecido t�m tr�s fases. A primeira � quando as garrafas e outras embalagens usadas s�o recolhidas pelos catadores, lavadas e separadas por cores. Nesta fase, s�o retirados a tampa e o r�tulo e a embalagem passa por um processo de secagem. Ent�o o PET � mo�do, reduzido a peda�os pequenos.

Na segunda fase, � feita a fus�o a uma temperatura de 300 graus, a filtragem e a retirada de impurezas. Na f�brica onde � feita a fibra, repete-se o processo de fus�o a 300 graus e o material � passado por equipamentos que o separam em filamentos. O resultado � uma fibra cerca de 20% mais fina que o algod�o.

A terceira e �ltima fase � a da estiragem, quando a fibra � transformada em fio. As fibras feitas a partir da garrafa PET reciclada podem ser usadas sozinhas ou associadas a outro tecido, como a seda ou o algod�o. Peres, da Krimpp, observa que, normalmente, para pe�as do vestu�rio, o poli�ster � mesclado com algod�o. Mas isso acontece tanto com o poli�ster feito a partir de mat�ria-prima reciclada, como o feito a partir de mat�ria-prima virgem. Isso porque o tecido 100% poli�ster pode dificultar a transpira��o.

Um pouco de hist�ria
A resina PET foi desenvolvida pelos qu�micos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941, para ser usada na fabrica��o de fibras sint�ticas. Somente na d�cada de 1970 ela foi empregada como mat�ria-prima de garrafas, hoje a sua principal utiliza��o.

Algumas d�cadas depois, a preocupa��o com o meio ambiente inspirou pesquisas que conclu�ram que a resina pode ser completamente reciclada, e at� mais de uma vez, sem prejudicar a qualidade do produto final. Atualmente, 1,5 litro de embalagem PET pode ser feito com apenas 35 gramas de material virgem.

Quando o mercado de fibras descobriu a verdadeira fonte de mat�ria-prima contida no PET, a resina reciclada passou a ser empregada na ind�stria t�xtil. No Brasil, as embalagens PET come�aram a ser usadas em 1988, o que trouxe vantagens para o consumidor, mas tamb�m a necessidade de se aprender sobre a reciclagem deste material.

Nosso conhecimento vem se desenvolvendo e a reciclagem, ganhando espa�o. De acordo com dados do Cempre, em 2003 quase a metade das embalagens utilizadas no pa�s j� era reciclada. Foram consumidas 300 mil toneladas de PET e 120 mil, ou seja, 40% do total, eram recicladas.

Vilhena informa que, no Brasil, a reciclagem do PET teve um grande crescimento nos �ltimos cinco anos. O valor da tonelada de resina para reciclagem, por exemplo, subiu de R$ 400 para R$ 1.200 desde 2001.
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Daniel Vecci (26/11/2008)
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Antigo 07/08/2008, 10:28   #2 (permalink)
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Fibras � A principal novidade, no entanto, destina-se � ind�stria t�xtil. Trata-se da Alya Eco, fibra composta por PET e algod�o reciclados, desenvolvida pela Rhodia-Ster na f�brica de Po�os de Caldas-MG. Foram cinco anos de pesquisa e investimento da ordem de US$ 5 milh�es. Lan�ado no in�cio do ano na S�o Paulo Fashion Week, o projeto ganhou novos parceiros na �ltima edi��o do evento, realizada de 27 de junho a 3 de julho, no pr�dio da Bienal de S�o Paulo. A iniciativa uniu a Rhodia-Ster, Santista e M.Officer. A partir da fibra Alya Eco (20% mais fina que a de algod�o), a Santista desenvolveu o novo �ndigo (35% Alya Eco e 65% fibra de algod�o reciclado).

O material foi usado na confec��o da nova cole��o da M.Officer. O resultado j� pode ser visto nas vitrinas das 80 lojas da grife em bermudas, saias, cal�as, vestidos e tops. Al�m das lojas brasileiras, as roupas ser�o vendidas em Londres, Nova Iorque e Hong Kong. O projeto tamb�m contou com a participa��o da Coopa Roca � Copperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha, equipe respons�vel pelos bordados da nova cole��o. Depois do projeto pioneiro, a Rhodia-Ster pretende multiplicar as parcerias envolvendo a Alya Eco. As empresas interessadas ser�o homologadas e os artigos ostentar�o etiqueta garantindo sua origem da fibra 100% PET reciclado. O desenvolvimento rendeu � Rhodia-Ster o pr�mio Abit Fashion Brasil, na categoria Inova��o Tecnol�gica, e gerou frutos.

De acordo com n�meros divulgados pela Associa��o Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sint�ticas (Abrafas), a produ��o brasileira de fibras de poli�ster deve crescer 5% em volume neste ano em rela��o �s 97 mil t de 2000. A maior parte desse mercado, no entanto, ainda opera com resina virgem. Da produ��o de 7,5 mil t de fibras/m�s da Rhodia-Ster, algo em torno de 200 t s�o fabricadas com material reciclado. J� a Ecofabril, de Jundia�-SP, nasceu em 1994 para trabalhar apenas com material reciclado. Al�m de produzir os flocos a partir das garrafas de PET, confecciona a fibra de poli�ster destinada principalmente �s ind�strias de tapetes, carpetes e enchimentos.

No in�cio de 2001, a empresa ampliou a capacidade produtiva de 400 mil t/m�s para 1.000 t/m�s, e investiu aproximadamente U$S 3 milh�es na atualiza��o e incremento da planta. Mesmo com o aporte de capital e o crescimento da demanda de fibras, a Ecofabril opera com ociosidade de 50% em decorr�ncia da escassez de mat�ria-prima. �A falta de material para reciclar � o principal gargalo do processo�, avalia o diretor da empresa Tiago Latorre Noronha. As cr�ticas, no entanto, n�o recaem apenas sobre a inexist�ncia de programas de coleta seletiva. �� grande a parcela de responsabilidade dos fabricantes de embalagens de PET que dificultam a reciclagem ao usar PVC nos r�tulos e vedantes das garrafas�, afirma. O PVC contamina o PET e torna invi�vel o aproveitamento do material. �As ind�strias t�m a obriga��o de contribuir com a reciclagem e, embora sejam advertidas com freq��ncia sobre o uso de PVC, ignoram o fato�. O polietileno e polipropileno s�o mais indicados para r�tulos e vedantes. Outra quest�o pol�mica, na opini�o de Noronha, refere-se � alta incid�ncia de garrafas verdes. Isso porque o PET colorido tem aplica��es menos nobres quando comparado � resina incolor. �A colabora��o das ind�strias de refrigerantes e fabricantes de embalagens torna-se fundamental para o avan�o da reciclagem no Brasil�, avalia. A coleta seletiva � outro aliado importante. Al�m de aumentar a oferta de recicl�veis, colabora para a melhoria da qualidade do material, menos contaminado que os provenientes de lix�es.

Mais sujo � O diretor da Repet, recicladora com unidades em Mau�-SP e Jo�o Pessoa-PB, Vladmir Kudrjawzen, tamb�m ressalta a dificuldade na obten��o dos recicl�veis. �Al�m da reduzida oferta, a p�ssima qualidade dos res�duos, provenientes em sua maioria de lix�es, encarece o processo.� Para manter as duas f�bricas com as capacidades tomadas � 800 t/m�s na unidade paulista e 700 t/m�s na planta do Nordeste � compra material de todos os estados brasileiros.

Al�m das dificuldades de transporte e custo, a Repet, assim como outras empresas do setor, enfrenta a alta tributa��o do material reciclado: 15% de IPI e ICMS nas transa��es interestaduais. �Os recicl�veis deveriam ter tr�nsito livre entre os estados�, argumenta Kudrjawzen. Toda a produ��o da empresa segue para a Unnafibras, de Santo Andr�-SP, fabricante de fibras de poli�ster para diversos segmentos industriais t�xteis e n�o t�xteis, que opera com aproximadamente 70% de fibra reciclada. Pioneira na produ��o de fibras a partir de embalagens de PET recicladas, a Unnafibras tamb�m lan�ou produto destinado � produ��o de tecidos, marca Ecofibra.

Entre os investimentos mais recentes da Repet, Kudrjawzen cita a aquisi��o de duas extrusoras para a unidade paulista e outra para o Nordeste, destinadas a granular parte da produ��o de flakes, al�m de modernizar da produ��o com a filtragem do material, garantindo melhoria da qualidade do reciclado. A extrusora de Jo�o Pessoa entra em opera��o a partir de outubro. Em S�o Paulo, a produ��o j� come�ou. Pelos c�lculos de Kudrjawzen, pelo menos 30% do PET reciclado no Pa�s seguem para a ind�stria t�xtil. �Trata-se de um mercado com grande potencial de crescimento�, avalia. Entre as aplica��es que mais se destacaram este ano, cita tamb�m a inje��o e extrus�o de chapas. �Nos Estados Unidos, os dois maiores s�o o de fibras, com pelo menos 60% do total reciclado, e o de chapas para termoformagem.�
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